19.3.05

Abençoada seja...

Confinar as confissões religiosas a meia dúzia de salmos e missas rezados dentro de portas, retirando-lhes a possibilidade de emitirem opinião sobre as questões relevantes da sociedade, não é assegurar a liberdade religiosa. A laicidade do Estado, de resto, não corre o risco de ser violada pelas atitudes da Igreja: apenas ao Estado obriga, justamente porque apenas o Estado a pode contrariar, ainda que na sequência de pressões externas. E não se confunde, nem implica, a apoliticidade das confissões religiosas.