11.3.05

O desafio do Timshel

  1. Não percebo porque é que o Timóteo se dirige o seu ódio anti-anti-clerical apenas contra o Blasfémias e a Jaquinzinhos. No conjunto desses Blogs existe apenas um único anti-clerical e anti-católico militante. Existem outros blogs, o Barnabé p.ex., onde o número de anti-clericais anti-católicos por metro quadrado é muito superior. Esses Blogs não serão também merecedores do seu ódio?

  2. E também não percebo porque razão pretende convencer os 'neoliberais católicos' d'O Insurgente da validade das suas teses e não se dedica a 'evangelizar' os 'ateus de esquerda' do Blasfémias, do Blogue de Esquerda, do País Relativo ou da Causa Nossa. Esses também terão de ser convencidos que para ser de esquerda é necessário ser cristão.

  3. Como sabe, existe um conjunto de temas que são objecto da acção política e que colocam em causa determinados princípios morais (Vd. o 3º parágrafo do nº4 deste documento). No que diz respeito a este conjunto de temas, não se admitem abdicações, excepções ou compromissos de qualquer espécie. Existe apenas uma via para os Católicos.

    Por outro lado, existe um outro conjunto de temas objecto da acção política que têm um carácter contingente e prudencial, sendo muitas vezes moralmente possíveis diversas estratégias e técnicas para realizar ou garantir um mesmo valor. Neste caso poderá existir grande diversidade de opinião entre os Católicos.

    As suas objecções às 'políticas neoliberais' (logo veremos o que são) não farão parte deste segundo grupo de temas?
Para começar a discussão, o Timóteo quer que nós consideremos um conjunto de definições. Aqui vão as minhas críticas e sugestões às suas definições:

  1. Quanto à definição de "Esquerda", a última frase do nº1 não faz sentido no sítio onde está. Retire-a.

    Já agora mais uma questão: porque razão é que você define a esquerda apenas em termos do conceito de desigualdade?

    Independentemente de outros também se reverem nelas, existem um conjunto de temas que a esquerda unanimente considera como fazendo parte das suas propostas política e que dizem respeito às 'causas fracturantes'. Porque não incluir uma referência a estas políticas na sua definição?

  2. A sua definição de cristão está confusa demais.

    Mantenha-a curta como no caso da definição de ateu. Proponho que a reduza à 1ª frase.

    Existem cristãos que não são católicos. Portanto não faz sentido citar o Papa.

    Não misture as definições com o argumento que vai defender. Isso é uma forma de manipulação dos resultados.

    [A propósito o sr. é Católico ou Protestante?]

  3. Definição de neoliberal

    Como deve recordar-se, essa definição de neoliberalismo retirei-a eu da carta Ecclesia in America e está muito associada à América Latina. [A propósito disto ler John Paul II’s Use of the Term Neo-Liberalism in Ecclesia in America].

    Proponho a seguinte definição alternativa: "o neo-liberalismo são as propostas de política económica que resultam da filosofia política de Hayek, dos ensinamentos da Escola de Chicago e das teorias de James Buchanan da escola da Vírginia."

    Até 2ª Feira,
    João Noronha