9.3.05

A tragédia dos condomínios

  • É uma comunidade pequena. Logo, os ‘custos de transacção’ são reduzidos e a probabilidade de ocorrência da ‘tragédia dos comuns’ diminui.
  • É uma comunidade estável com fronteiras definidas e interacções frequentes. Logo, a reputação torna-se um valor importante e potencialmente resolve as dificuldades associadas ao ‘dilema do prisioneiro’.
  • As normas que regem a comunidade são transparentes (eleição do administrador, partilha dos custos, pagamentos, etc…) e definem claramente as responsabilidades de cada um. Logo, não se pode alegar que exista desconhecimento das normas ou erros repetidos por parte de alguns condóminos.
  • As características acima referidas em conjunto contribuem para que a ‘opacidade social’ seja reduzida. Não é fácil prevaricar e passar despercebido.
  • Existe um conjunto de penalizações claramente definidas.
  • Em último caso, pode-se sempre recorrer a uma autoridade exterior para aplicar as penas por incumprimento.
Outra questão é o desprezo a que muitos votam este exercício de auto-governo. Neste caso, não é possível alegar distanciamento entre ‘eleitores’ e ‘eleitos’ ou separação entre o interesse particular e o bem comum para justificar o abstencionismo.

Alguém sabe explicar este aparente paradoxo?