12.7.05

Censura ou rentabilização da marca?

Aparentemente, o GES pretende «amaciar» o Grupo Impresa e «avisar» a restante comunicação social.
Sabendo-se, como se sabe, que a receita obtida através de publicidade é uma parte vital de qualquer empresa de comunicação social, então percebe-se ainda melhor a manobra – desastrada – do GES.
Refira-se, para terminar, que não sei se o GES tem ou não razão. Dito isto, mesmo tendo razão, o GES perdeu a face ao retaliar pela via financeira e não pelos tribunais. É que tudo isto tresanda a censura encapotada.
A publicidade perde a sua eficácia se, na página ao lado, surgir uma notícia desfavorável à marca anunciada. É por essa razão que nunca haverá um anúncio da Microsoft no jornal Avante!

Ora, se o GES acredita que, no futuro próximo, tais notícias negativas vão continua a ser publicadas, faz todo o sentido a empresa rever a sua estratégia de comunicação. Quem sabe, até poderia alterar o conteúdo da mensagem publicitária e aumentar o volume de publicidade nos referidos órgãos de comunicação social se essa estratégia tivesse uma rentabilidade esperada superior à eliminação total dos anúncios.