24.10.05

É para atestar...

A Inspecção-Geral de Educação está a levantar processos disciplinares a alguns professores de Bragança por terem tentado obter destacamento baseando-se em motivos de saúde que, pelos vistos, não se teriam demonstrado correctos.
Certamente os professores que pediram destacamento por motivos de saúde tiveram de obter atestados médicos da sua condição clínica. Se agora se levantam processos disciplinares a alguns destes funcionários públicos do ministério da educação, como analisar o acto médico que serviu de suporte ao pedido e a responsabilidade do médico nesta certificação de incapacidade?
Recordo que há poucos anos, em Guimarães, também muitos alunos recorreram a atestados médicos para não se apresentarem às provas de admissão à Universidade, dando origem a procedimentos judiciais por causa da falsidade da "epidemia".
Parece haver uma banalização do recurso ao atestado médico com custos para a sociedade: maior absentismo, menor produtividade e até maiores custos para a segurança social. Sintomas de sentimentos de desresponsabilização ou de impunidade perante o resto da sociedade?