24.12.05

O Natal não é para os covardes

"Mas o confinamento mesmo de Deus na esfera 'religiosa', Sua exclusão dos debates científicos e filosóficos, que hoje até mesmo os religiosos aceitam como cláusula pétrea da ordem pública, já é uma herança mórbida da estupidez iluminista. O 'muro de separação' entre conhecimento e fé é uma farsa kantiana erguida entre dois estereótipos.
(...)
O que se opõe à fé não é a razão, é a covardia. Para legitimar essa covardia ergueram-se masmorras de pseudo-argumentos. No fundo delas, o leproso lambe suas chagas, o cego adora sua cegueira, o paralítico celebra a impossibilidade de caminhar. Os pobres, imaginando-se reis e príncipes, festejam a rejeição da boa notícia. Orgulhosos da sua impotência, adornam com o nome de 'ciência' a teimosia de negar os fatos.
(...)
O maior escândalo intelectual de todos os tempos é a fraude constitutiva da modernidade, que, excluindo do exame todos os fatos que não tenham uma explicação materialista, conclui que todos os fatos têm uma explicação materialista."

Olavo de Carvalho, "O Natal não é para os covardes"

(via JB Online)