20.6.06

As eleições na Eslováquia

Na Eslováquia, o partido de Robert Fico (o "Smer", que significa "Direcção") venceu as eleições. De saída está Mikulas Dzurinda, que entre as reformas que implementou, introduziu um "flat tax" de 19%.
Os eleitores preferiram escolher as promessas, de maiores preocupações sociais e redistribuição da riqueza resultante do crescimento recente, feitas pelo partido de Fico, o qual poderá aliar-se ao SNS (partido nacionalista anti-húngaro).
O Brussels Journal recorda como foi a saída do governo dos Cristãos-democratas, o que levou às eleições:

The Slovak government fell after an EU committee criticized the draft of a proposed treaty between Slovakia and the Vatican. The treaty included a guarantee that Catholic doctors and hospitals in Slovakia would not be legally obliged to perform abortions, and other acts violating their conscience. According to the EU “Network of Independent Experts on Fundamental Rights” doctors should sometimes be forced to perform abortions, even if they have conscientious objections, because the right to abort a child is an “international human right.”
The criticism of the EU experts killed off the draft treaty with the Vatican and led to a conflict between Dzurinda’s party and its coalition partner, the Christian-Democrat KDH.

Curiosamente, a vontade de realinhar a Eslováquia com as políticas mais tradicionais na Europa, (a preservação do estado-social, a não competição fiscal e o fim do "flat tax"), pode reduzir a vontade de aí investir. Se os eslovacos beneficiaram da transferância de indústrias de outros países, pode ser que agora outros trabalhadores, noutros países, beneficiem das suas escolhas políticas. Os da indústria automóvel em Portugal, por exemplo.