21.8.06

O comunismo como recuo histórico sem precedentes

Faz hoje precisamente 38 anos que a União Soviética e seus satélites invadiram a Checoslováquia invocando a doutrina Breznev da "soberania limitada". A Primavera de Praga chegava ao fim, demonstrando que não haver reforma e evolução possível para um regime totalitário, nem possibilidade de auto-determinação para povos esvaziados de soberania e submetidos a tratados desiguais. A Europa de Leste era, de facto, um embuste à luz do direito internacional. Ocupada militarmente, estreitamente subordinada a Moscovo por um pacto militar e por uma organização económica que cumpriam apenas as necessidades soviéticas, dependia inteiramente de um "residente" russo - o embaixador, que habitualmente cooptava as figuras ministeriáveis - e de um corpo administrativo colonial composto por assessores e "conselheiros" nomeados pelo Kremlin.

(...)

Em Agosto de 68, o comunismo estava morto, mas havia por cá quem ainda o quisesse experimentar como horizonte de felicidade, abundância e realização humanas.

(...)

O comunismo foi um recuo histórico sem precedentes, mas demonstrou que há sempre idiotas úteis e criaturas ávidas de protagonismo prontas a servir regimes que são, por essência e acidente, a negação da liberdade.